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Meningite bacteriana
MENINGITES. Meningite bacteriana aguda.
Sexo: Não informado. Idade: Não informada. Distribuição. Diagnóstico diferencial.
Epidemiologia: . Organismo causal varia de acordo com a idade e estado clínico. Estado pós-operatório. Immunodeficiência pós-traumático. Frequentemente acometendo o córtex cerebral, nervos cranianos, vasos sanguíneos cerebrais, medula espinhal e raízes nervosas. A meningite tuberculosa não se manifesta tão agudamente, e o exsudato é tipicamente na base do cérebro. HISTÓRIA PESSOAL:. Doença pelo HIV. Anormalidades anatômicas. PROGNÓSTICO: A morte pode ocorrer dentro das 24 horas iniciais da doença.
Clínica:. Início súbito. Febre alta. Cefaleia, intensa. Anorexia. Náuseas. Vômitos. Convulsões. Rigidez da nuca. Anormalia mental. Déficit neurológico, focais. Letargia. Dispneia, em repouso. Fontanela abaulada, anterior, eventual.
Laboratório: MORFO do agente:. Gram-negativa. LCR:. Exsudato purulento do espaço subaracnóide e uma inflamação difusa das estruturas neurais e vasculares. Hipertensão. Pleocitose, 500-5000 células/uL. Granulócitos, predominante. Glicose diminuída. Proteínas aumentada, >100mgdL. Lactato aumentado. Bandas oligoclonais, positivas. MORFO do encéfalo:. Macroscopia do encéfalo com hiperemia ativa patológica, metade superior dos hemisférios cerebrais mostrando pus na leptomeninge e hiperemia ativa dos vasos desta, pus contido no espaço subaracnóideo, que fica entre a aracnóide e a pia-máter, há também dilatação das veias meníngeas, mas esta é secundária à dilatação das artérias, na superfície externa do cérebro as veias são mais facilmente visíveis que as artérias, porque as artérias correm na profundidade dos sulcos. Macroscopia do encéfalo com superfície aplanada, hemisfério cerebral mostra-se edemaciado (com superfície aplanada) e com pus no espaço subaracnóideo dando tonalidade amarela, esta meningite provavelmente originou-se por via hematogênica a partir de uma infecção pulmonar (pneumonia lobar com necrose liquefativa, portanto, formação de abscesso em certa área). Microscopia do encéfalo com exsudato, na camada mais superficial do córtex cerebral (camada molecular) em contato com a leptomeninge há vários astrócitos gemistocíticos, estes astrócitos são formas reativas à meningite, sua presença é evidência de que a inflamação causou lesão ao tecido nervoso, a leptomeninge (aracnóide pia-máter) espessada pelo exsudato purulento degenerado (camada mais superficial) e tecido de granulação, o tecido de granulação aparece após um processo inflamatório agudo e que procede ao reparo da lesão, com formação de uma cicatriz fibrosa, no caso da meningite leva à obliteração do espaço subaracnóideo com prejuízo à circulação do líquor, podendo causar hidrocefalia. Microscopia do encéfalo com tecido de granulação, o tecido de granulação tem dois constituintes básicos:. capilares neoformados e infiltrado inflamatório crônico inespecífico, os capilares são jovens, de paredes finas e células endoteliais com núcleos tumefeitos, o infiltrado mostra os quatro tipos de células da inflamação crônica:. linfócitos, plasmócitos, macrófagos e fibroblastos, as células inflamatórias (linfócitos e plasmócitos) ajudam a combater o agente inflamatório através da imunidade humoral (anticorpos) e celular, os macrófagos fagocitam os germes e os restos celulares resultantes da inflamação, os fibroblastos produzem colágeno, com o passar do tempo as células inflamatórias vão diminuindo em número e a quantidade de colágeno vai aumentando, até constituir-se uma cicatriz de tecido fibroso denso. Microscopia do encéfalo com gliose, na camada mais superficial do córtex cerebral (chamada camada molecular), logo em contacto com a leptomeninge, notam-se vários astrócitos gemistocíticos, os astrócitos gemistocíticos são astrócitos hipertróficos, com citoplasma róseo abundante e núcleo excêntrico, nos astrócitos normais não se consegue observar citoplasma na HE, estes astrócitos são formas reacionais a algum tipo de lesão (como a meningite), sua presença é evidência de que a inflamação causou lesão ao tecido nervoso, os astrócitos gemistocíticos têm prolongamentos mais grossos e em maior número que nos normais, o conjunto destes prolongamentos constitui a gliose, que é a forma de cicatriz comum no sistema nervoso central. Meningite aguda purulenta (exemplo de infecção aguda purulenta). A peça é constituida pela metade superior dos hemisférios cerebrais mostrando pus na leptomeninge e hiperemia ativa dos vasos desta. O pus está contido no espaço subaracnóideo, que fica entre a aracnóide e a pia-máter, e que normalmente está preenchido por líquido céfalo-raqueano ou líquor. A presença do exsudato torna o relevo cerebral menos nítido que o normal porque os sulcos ficam cheios de pus e portanto menos perceptíveis. O exsudato purulento dá cor amarelada à peça. Leptomeninge apresentando vasos com acentuada hiperemia ativa e exsudato que preenche completamente o espaço subaracnóide constituído, predominantemente, por granulócitos neutrófilos. O tecido encefálico subjacente encontra-se aparentemente preservado (Obj: 20x). Conclusão:. Meningite aguda purulenta. Meningite purulenta em organização (exemplo de inflamação crônica inespecífica em fase de reparo). Este paciente sofreu uma meningite aguda purulenta que não levou ao óbito. O processo agudo foi debelado (provavelmente por antibióticos). Meningite purulenta em organização. Este paciente sofreu uma meningite aguda purulenta que não levou ao óbito. O processo agudo foi debelado (provavelmente por antibióticos) mas o paciente veio a falecer depois por outra causa. A meningite purulenta ocorre quando bactérias piogênicas ganham acesso a este espaço e proliferam no líquor. Há afluxo de neutrófilos, como em qualquer outra reação inflamatória aguda, constituindo o exsudato purulento ou pus. Faz também parte da reação inflamatória aguda a dilatação das artérias, para facilitar o acesso de células e proteínas do plasma ao local inflamado (hiperemia ativa). Há também dilatação das veias meníngeas, mas esta é secundária à dilatação das artérias. Na superfície externa do cérebro, as veias são mais facilmente visíveis que as artérias, porque as artérias correm na profundidade dos sulcos.
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