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Infarto cerebral antigo
Nervoso_03: Hemodinâmica e Microcirculação. Outros infartos cerebrais.
Sexo: Não informado. Idade: Não informada. Distribuição. Diagnóstico diferencial.
Epidemiologia:
Clínica:
Laboratório: MORFO do cérebro:. Macroscopia do encéfalo com necrose liquefativa, extenso infarto de parte do território da artéria cerebral média (paciente sobreviveu à fase aguda), a necrose no cérebro é do tipo liquefativo, sendo rapidamente removida por células fagocitárias (= células grânulo-adiposas), resta uma cavidade parcialmente preenchida por vasos e gliose, um tecido cicatricial próprio do sistema nervoso central, a região infartada retraiu, deixando aquele hemisfério menor que o contralateral normal, o território da artéria cerebral média inclui o córtex cerebral e a substância branca de maior parte da convexidade dos hemisférios cerebrais, e os núcleos da base menos o núcleo caudado (que é território da artéria cerebral anterior, o tálamo e o hipocampo são supridos pela artéria cerebral posterior. Microscopia do encéfalo com células grânulo-adiposas, numerosas células grânulo-adiposas porque o infarto é antigo (cerca de um mês) e houve mais tempo para a migração e acúmulo dos macrófagos, a grande maioria deles fagocitou lípides provenientes de restos necróticos, o que dá ao citoplasma aspecto espumoso e claro (esteatose por absorção em macrófagos), em certa áreas os macrófagos contêm hemossiderina (pigmento marrom), provavelmente derivada de pequena hemorragia na fase aguda do infarto, os infartos cerebrais causam necrose liquefativa que após ser absorvida deixa uma nítida área deprimida na superfície do hemisfério. Microscopia do encéfalo com infarto cortical, infarto completo no córtex cerebral da 2a à 6a camadas com necrose os neurônios e os astrócitos, restando uma cavidade preenchida por macrófagos de citoplasma espumoso (células grânulo-adiposas) que fagocitaram os restos necróticos, na 1a camada cortical (molecular) os astrócitos sobreviveram e sofreram hipertrofia, formando astrócitos gemistocíticos, os astrócitos gemistocíticos também são vistos e em maior número na substância branca subcortical. MORFO do coração:. Macroscopia do coração com fibrose da ponta, infarto do miocárdio que evoluiu para fibrose cicatricial na região da ponta do VE, formaram-se trombos que permanecem aderidos ao endocárdio, os mecanismos que levaram a esta trombose são a lesão do endocárdio que acompanha o infarto, e a hipocontratilidade da área infartada, que causa lentificação e/ou turbilhonamento do fluxo sanguíneo pela cavidade ventricular, presume-se que um fragmento deste trombo tenha-se destacado, constituindo um êmbolo (chamado tromboêmbolo), e que tenha obstruido um ramo da artéria cerebral média, causando um infarto cerebral. Os astrócitos gemistocíticos são células com núcleo excêntrico e citoplasma volumoso, róseo e homogêneo (aspecto hialino). São formas reativas que aparecem em torno de 5 dias após algum estímulo lesivo, no caso um infarto. Crescem e sintetizam abundantes quantidades de uma proteína fibrilar que fica localizada no citoplasma e nos prolongamentos. Esta chama-se proteína glial ácida fibrilar (sigla GFAP segundo as iniciais em inglês). A proliferação dos astrócitos e a deposição de proteína glial constitui a gliose, que é a forma de cicatriz no SNC. No SNC a cicatrização não é feita geralmente por fibroblastos, que são escassos. O termo gemistocítico vem da palavra alemã gemästet, que significa engordado. Nos astrócitos normais não é possível em HE observar-se o citoplasma, só o núcleo. O citoplasma normal é delicado e mistura-se ao resto do tecido nervoso. Quando o citoplasma dos astrócitos passa a ser visível em HE, isto é sinal seguro de que houve lesão. As células grânulo-adiposas neste caso são numerosas porque o infarto é antigo (cerca de um mês) e houve tempo para a migração e acúmulo dos macrófagos que lhes deram origem. Constituem, portanto, um bom exemplo de esteatose por absorção em macrófagos. O motivo para ver esta lâmina agora é a esteatose microgoticular por absorção em células grânulo-adiposas. Porém, é interessante aproveitar para observar outro tipo de célula (que nada tem a ver com esteatose), muito proeminente neste corte de cérebro com lesão antiga. Trata-se dos astrócitos gemistocíticos. Estão presentes em volta da área de infarto; no caso, isto significa na camada molecular (a mais superficial) do córtex, e na substância branca limítrofe ao infarto. Os astrócitos gemistocíticos são células com núcleo excêntrico e citoplasma volumoso, róseo e homogêneo (aspecto hialino). São formas reativas, que aparecem em torno de 5 dias após algum estímulo lesivo, no caso um infarto. Derivam de astrócitos normais que aumentam de volume e sintetizam abundantes quantidades de uma proteína fibrilar que fica localizada no citoplasma e nos prolongamentos. Esta chama-se proteína glial ácida fibrilar (sigla GFAP segundo as iniciais em inglês). A proliferação dos astrócitos e a deposição de proteína glial constitui a gliose, que é a forma de cicatriz no SNC. No SNC a cicatrização não é feita geralmente por fibroblastos, que são escassos. O giro vizinho ao do infarto neste corte tem aspecto normal e serve para recordar a estrutura do córtex cerebral. Notar os neurônios, com núcleo redondo, cromatina frouxa, nucléolo evidente e citoplasma basófilo. Os neurônios aqui demonstrados têm forma aproximadamente triangular e são chamados neurônios piramidais do córtex cerebral. Os núcleos pequenos e escuros entre eles são de células da glia. O material róseo mais ou menos homogêneo que preenche todo o espaço restante é chamado neurópilo e é constituído por prolongamentos celulares tanto dos neurônios como das células da glia, pelos axônios que chegam e pelas sinapses. Sua estrutura só pode ser bem observada em microscopia eletrônica. Para mais detalhes sobre o córtex cerebral normal, medula espinal normal, leptomeninges, tipos de células da glia e capilares cerebrais, siga os links. Infarto cerebral antigo cístico. Nesta peça houve infarto de parte do território da A. cerebral média, em que o paciente sobreviveu à fase aguda. Resta uma cavidade parcialmente preenchida por vasos e gliose. A região infartada retraiu, deixando aquele hemisfério menor que o contralateral normal. O território da A. cerebral média inclui o córtex cerebral e a substância branca de maior parte da convexidade dos hemisférios cerebrais, e os núcleos da base menos o núcleo caudado (que é território da A. cerebral anterior). O tálamo e o hipocampo são supridos pela A. cerebral posterior. Este é um exemplo das consequências a longo prazo de uma isquemia no cérebro. Este fragmento de córtex cerebral tem dois giros, um normal e outro com infarto dito laminar, que afeta as camadas centrais do córtex. É no centro desta área de infarto, ocorrido algumas semanas antes da morte do paciente, que se observam as células grânulo-adiposas. Infarto antigo de um segmento do território da A. cerebral média (área deprimida no lobo parietal D.). Deve-se à obstrução de um ramo da artéria e é mais comum que infartos de todo o território. Infarto antigo de um segmento do território da A. cerebral média (região fronto-temporal incluindo a ínsula). O tecido necrótico já foi em grande parte removido, dando aspecto cavitado. Houve lesão da cápsula interna (a correspondente normal está indicada por uma seta). Notar também dilatação ex-vacuo do ventrículo lateral. Mesencéfalo do mesmo paciente. Atrofia do pedúnculo cerebral que aparece à direita na foto (na realidade, o esquerdo). Isto se deve à degeneração dos axônios do trato piramidal, lesados pelo infarto a nível da cápsula interna. Infarto antigo de grande parte do território da A. cerebral posterior, que aparece como uma região deprimida e amarelada na superfície inferior do hemisfério. A artéria, que contorna o mesencéfalo, está indicada por seta. Em corte, a área de infarto é atrófica e houve dilatação ex-vacuo do corno posterior do ventrículo lateral. Infartos hemorrágicos podem originar-se por trombose venosa ou arterial, neste caso se houver reperfusão do território necrótico. A área de transformação hemorrágica em geral retringe-se ao córtex, por ser este mais vascularizado.
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