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Infarto antigo do miocárdio
CIRCULATÓRIO: DOENÇA ISQUÊMICA AGUDA DO CORAÇÃO. (IAM). Infarto cicatrizado do miocárdio.
Sexo: Não informado. Idade: Não informada. Distribuição. Diagnóstico diferencial.
Epidemiologia:
Clínica:. Insuficiência cardíaca, congestiva, esquerda.
Laboratório: ECG:. Infarto antigo do miocárdio diagnosticado pelo ECG ou por outro meio de investigação, mas assintomático atualmente. MORFO do coração:. Macroscopia do miocárdio com infarto antigo, evolução de uma necrose coagulativa, necrose substituida por cicatriz fibrosa que envolve a maior parte do ventrículo, na área cicatricial as colunas carnudas que dão o relevo interno do VE desapareceram, tecido morto foi fagocitado a partir da periferia (não há regeneração das fibras miocárdicas), substituição por tecido fibroso (processo de reparo), área cicatricial esgarçou-se pela pressão no interior do ventrículo, causando a grande dilatação. Microscopia do miocárdio com infarto antigo e fibrose, fibrose do miocárdio caracterizada por fibras colágenas de tom rosa mais pálido que o dos miocardiócitos, a fibrose é um fenômeno de reparo a um infarto mais antigo, e em que as fibras necróticas já foram totalmente eliminadas, como no miocárdio não há regeneração, a lesão é substituída por tecido fibroso. Microscopia do miocárdio com infarto antigo, há áreas de tecido fibroso denso, resultantes da cicatrização de um infarto antigo misturadas a feixes de fibras miocárdicas remanescentes, as fibras são coradas em róseo forte, o colágeno em róseo pálido, muitos miocardiócitos mostram núcleos maiores que o normal devido à hipertrofia, pois, com a necrose de parte das fibras contráteis, as restantes têm que trabalhar com maior intensidade (hipertrofia vicariante). Microscopia do miocárdio com lipofuscina, se observa no citoplasma dos miocardiócitos um pigmento amarelo claro granuloso, a lipofuscina, é um material inerte, rico em lípides, que se acumula com o avançar da idade em células que não se dividem (como os miocardiócitos), a lipofuscina tende a localizar-se nos polos dos núcleos., não tem maior importância porque não afeta o desempenho funcional das células. Microscopia do miocárdio com infarto em fase de reabsorção, as áreas claras contêm macrófagos que fagocitam restos celulares, algumas fibras necróticas ainda são visíveis nas proximidades, os macrófagos têm citoplasma abundante rosa pálido e núcleo único arredondado ou ovalado, às vezes deslocado para a periferia devido ao acúmulo de material fagocitado no citoplasma. Infarto antigo do miocárdio com substituição por fibrose. Nesta peça houve um extenso infarto do VE em que o paciente sobreviveu à fase aguda. A necrose foi substituida por uma cicatriz fibrosa que envolve a maior parte do ventrículo. Na área cicatricial as colunas carnudas que normalmente dão relevo interno ao VE desapareceram. Como não há regeneração das fibras miocárdicas, o tecido morto é fagocitado a partir da periferia, e segue-se um processo de reparo, que é substituição por tecido fibroso, como ocorreu aqui. A área cicatricial esgarçou-se pela pressão no interior do ventrículo, causando a grande dilatação vista na peça. Clinicamente isto seria acompanhado por uma forte insuficiência cardíaca congestiva esquerda (hiperemia passiva crônica dos pulmões). Este é um exemplo das consequências a longo prazo de uma isquemia no miocárdio. MORFO do fígado:. Microscopia do fígado com congestão, congestão passiva crônica do fígado (fígado em noz moscada ou confluência das vias de estase), a congestão ou hiperemia deve-se a insuficiência cardíaca direita, que aumenta a pressão do sangue na veia cava inferior e, em sequência, nas veias suprahepáticas e veias centrolobulares, isto leva à dilatação destas e dos sinusóides da porção central dos lóbulos hepáticos, Microscopia do fígado com veia centrolobular dilatada, na região central de alguns lóbulos é possível ver a veia centrolobular dilatada, em outros a veia não é visível por estar fora do plano de corte, na região centrolobular há atrofia e desaparecimento dos hepatócitos devido à anóxia crônica que se estabelece (já que a circulação é lenta e o pouco oxigênio disponível é consumido pelos hepatócitos da periferia), restam só células de linhagem conjuntiva, como células endoteliais e células de Kupffer, na periferia dos lóbulos há espaços portais, reconhecíveis pelos ductos biliares os hepatócitos têm aspecto normal, é importante reconhecer a confluência das vias de estase ou seja a fusão entre as regiões congestas de lóbulos vizinhos, issto caracteriza a segunda fase da congestão passiva crônica do fígado (= fígado em noz moscada), o aspecto em noz moscada é macroscópico e lembra esta fruta quando cortada, na primeira fase a congestão restringe-se ao centro dos lóbulos e não há confluência, na terceira fase é caracterizada por fibrose difusa do fígado, chamada de cirrose cardíaca, é rara, pois geralmente o paciente morre antes.
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