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Infarto cerebral recente
Nervoso_03: Hemodinâmica e Microcirculação. Cerebral infarction. #AVC isquêmico transitório.
Sexo: Não informado. Idade: Não informada. Distribuição. Diagnóstico diferencial.
Epidemiologia: . HISTÓRIA PESSOAL:. Hipertensão arterial sistêmica. Diabetes mellitus mal controlada. Aterosclerose de artérias cerebrais. Lupus eritematoso sistêmico. Sífilis. PROGNÓSTICO: Prognóstico depende do vaso lesado e da circulação colateral existente. Infartos tromboembólicos podem ser hemorrágicos, porque os êmbolos não ocluem completamente o vaso, mas a hemorragia é localizada. A transformação hemorrágica é uma complicação grave, pois aumenta o volume do tecido infartado e portanto a pressão intracraniana.
Clínica:
Laboratório: RX de tórax:. Positivo. Hemograma:. VHS. PLASMA:. Glicemia, ?. Colesterol, ?. Lipídeos, ?. IMUNO:. Testes sorológicos para sífilis. Anticoagulantes lúpicos. Anticorpo anticardiolipina. ECG:. Arritmia. Infarto recente do miocárdio, !gerando êmbolos. ECO:. Cardiopatias. Holter. LCR:. Lactato aumentado. TC do crânio:. Hemorragia cerebral, na fase aguda. Não diferencia infarto cerebral de tumor cerebral na fase aguda. RNM:. após 48 horas. ANGIOGRAFIA duplex:. Positiva. CULTURA de sangue:. Possível endocardite. MORFO do cérebro:. Macroscopia do encéfalo com hérnia do cíngulo, no território da artéria cerebral média direita há um grande infarto anêmico recente que o afeta virtualmente por completo, o infarto é notado pelo caráter mole e friável do tecido (esfacela-se facilmente ao manuseio) e é acompanhado de intenso edema cerebral, que causou aumento de volume do hemisfério e importante desvio da linha média, com compressão do hemisfério contralateral, o desvio é parcialmente contido pela foice do cérebro (não preservada), formou-se uma hérnia do giro do cíngulo que comprimiu as artérias cerebrais anteriores e causou infarto do território da artéria cerebral anterior direita, este tem aspecto hemorrágico (cor escura), ao contrário do infarto da artéria cerebral média (transformação hemorrágica de um infarto anêmico), admite-se que a compressão da artéria cerebral anterior pela hérnia de cíngulo tenha intensidade variável, e que em certos momentos haja fluxo sanguíneo pela mesma, o sangue chegando a um território já necrótico o infiltra dando o aspecto hemorrágico. Microscopia do encéfalo em infarto cerebral recente, picnose nuclear e eosinofilia do citoplasma. Microscopia do encéfalo com células endoteliais, córtex infartado mostra maior celularidade (concentração de núcleos por unidade de área) que o normal (por tumefação e proliferação das células endoteliais que é uma resposta do tecido à anóxia; admite-se que isto ocorra porque no tecido submetido à anóxia as células liberem fatores angioproliferativos como o VEGF (vascular endothelium growth factor)). Microscopia do encéfalo com neurônios necróticos, neurônios com perda da basofilia normal do citoplasma que se torna eosinófilo, citoplasma normal é basófilo (roxo) porque contém substância de Nissl formada por ribossomos (síntese proteica), na necrose o RNA citoplasmático se desintegra, núcleo torna-se escuro e denso (picnótico) e pode sofrer cariolise (empalidece até desaparecer), alterações começam a ficar evidentes na microscopia óptica (necrofanerose) cerca de 6 horas após a necrose, os neurônios necróticos são fagocitados por células grânulo-adiposas e desaparecem em cerca de 4 dias. Microscopia de infarto cerebral com células grânulo-adiposas, células grânulo-adiposas surgem na área de infarto em cerca de 24 horas, são macrófagos com citoplasma espumoso que fagocitam restos necróticos, sua origem é cerca de um terço na micróglia (pré-existente), e o restante em monócitos do sangue, presentes tanto no córtex como na substância branca, o grande e rápido afluxo das células grânulo-adiposas à area necrótica é o elemento principal para a liquefação da necrose. Microscopia de infarto cerebral com edema, na substância branca os focos de edema são vistos como áreas mais claras, é fácil observar as células grânulo-adiposas, cujo citoplasma espumoso contém restos dos axônios mielínicos necróticos. Tecido encefálico apresentando desagregação de sua estrutura. Suas células apresentam-se necróticas, dissociadas e dispersas em um líquido incolor. As células necróticas exibem eosinofilia citoplasmática acentuada e alterações nucleares de cariopicnose, cariorexe e cariólise. Diagnóstico:. Necrose por liquefação. Córtex cerebral com infarto recente. A lâmina mostra um giro cerebral com infarto recente (necrose liquefativa), provavelmente ocorrido 24 a 48 horas antes do óbito. Os principais elementos a serem observados são neurônios necróticos, células grânulo-adiposas e proliferação vascular. Infarto anêmico recente (cerca de 1 semana) no território da A. cerebral média, no hemisfério que aparece à D. na foto. O tecido nervoso tem aspecto amolecido. Outro infarto anêmico recente no território da A. cerebral média. Na área do infarto o tecido nervoso tem aspecto amolecido e volume aumentado devido ao edema. Há diminuição do contraste entre a substância branca e a cinzenta. Notar que o infarto não atinge a cabeça do núcleo caudado, pois este não é parte do território da A. cerebral média e sim da A. cerebral anterior (através do ramo recurrente de Heubner). Na foto em detalhe à D., ver a A. cerebral média obstruída por um trombo de cor negra (seta). Infarto recente no território da A. cerebral média. A maior parte do infarto tem aspecto anêmico, mas houve transformação hemorrágica na região correspondente aos núcleos da base. Isto pode ocorrer se o trombo que ocluiu o tronco principal da artéria sofrer dissolução parcial e for empurrado para frente, permitindo reirrigação da área proximal do território. Lembrar que a A. cerebral média irriga inicialmente os núcleos da base (artérias lentículo-estriadas), depois penetra no sulco de Sylvius onde se ramifica para irrigar a convexidade cerebral. Infarto anêmico recente de parte do território da A. cerebral média e da A. cerebral anterior, este secundário a hérnia de cíngulo. Observar o forte edema e desvio da linha média. Infarto da ponte por aterosclerose e trombose da A. basilar. À D., no corte corado por HE, o infarto aparece como a área mais pálida. A lâmina mostra a maior parte de um giro cerebral. O córtex está delimitado pela linha verde. Grande parte dele está necrótico e esta é a região para observar os neurônios em degeneração. Ainda existem áreas normais onde se podem ver neurônios viáveis para comparar. O infarto atinge também quase toda a substância branca. Em certas regiões esta mostra edema, que aparece com tonalidade mais clara. Esta é o melhor lugar para ver células grânulo-adiposas. Notar que o edema não corresponde exatamente à necrose (esta é mais extensa). O córtex infartado mostra maior celularidade (concentração de núcleos por unidade de área) que o normal. Isto se deve à tumefação e proliferação das células endoteliais, que é uma resposta do tecido à anóxia.
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