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Pneumonia lobar
Respiratório_00: Inflamação (ite), Infecção e Infestação. Bactéria. Pneumonia cruposa; Pneumonia crupal; Pneumonia aguda; Pneumonia pneumocócica; Pneumonia pleural; Pneumonia pleurítica; Pneumonia fibrinosa. Doença infecciosa aguda por pneumococos. A associação do pneumococo foi descrita em 1883 por Charles Talamon (1850-1929), médico francês.
Sexo: Não informado. Idade: Não informada. Distribuição. Diagnóstico diferencial.
Epidemiologia: CLASSIFICAÇÃO:. FASES DAS PNEUMONIAS BACTERIANAS. Classicamente, uma pneumonia bacteriana não tratada por antibióticos passa por 4 fases: a) fase congestivo-edematosa - há hiperemia ativa em resposta à infecção bacteriana e os alvéolos ficam preenchidos por exsudato que nesta fase é seroso ou sero-fibrinoso (corresponde ao observado na lâmina A. 209). b) fase de hepatização vermelha - o pulmão fica compacto e vermelho lembrando o aspecto de fígado. Isto ocorre porque os alvéolos estão preenchidos por exsudato (que não raro contém também hemácias) e perdem o ar que dá ao pulmão o aspecto e consistência de esponja. A hiperemia ativa do processo inflamatório agudo também contribui para a cor vermelha. c) fase de hepatização cinzenta - o exsudato nos alvéolos passa a purulento, dando ao pulmão a cor acinzentada. Pode também ser amarelada (o pus tende a ser amarelo), daí fala-se em hepatização flava (praticamente sinônimo de hepatização cinzenta). d) fase de resolução - o aparecimento de anticorpos contra as bactérias (principalmente o pneumococo) leva à resolução da infecção e eliminação do exsudato, via fagocitose por macrófagos e eliminação pela tosse. Naturalmente hoje, com antibioticoterapia, estas fases raramente chegam a seu termo, sendo a infecção abortada antes. Tanto a pneumonia lobar (áreas extensas) ou a broncopneumonia (múltiplos focos) passam pelas mesmas fases, mas, nesta última, os vários focos estão em fases diferentes.
Clínica:. Estertores pulmonares, inspiratório, bolha, precoce.
Laboratório: MORFO do pulmão:. Macroscopia do pulmão com hepatização cinzenta, pleurite fibrinosa, pulmão apresenta inflamação (pneumonia) difusa com preenchimento das luzes alveolares por exsudato fibrino-purulento, isto dá cor acinzentada e aspecto compacto a todo o órgão, a consistência lembra a do fígado (hepatização cinzenta - consistência do pulmão normal lembra a de uma esponja, o acometimento é difuso e atinge lobos inteiros (daí o nome pneumonia lobar). Macroscopia do pulmão com pseudomembrana, superfície pleural recoberta parcialmente por película de exsudato fibrinoso, que constitui uma pseudomembrana (a membrana verdadeira é um tecido vivo, enquanto que a pseudomembrana é formada por fibrina e restos celulares), pleurite é secundária à pneumonia, pois as bactérias que estão no parênquima pulmonar facilmente passam à pleura pelos linfáticos. Macroscopia do pulmão com hepatização vermelha, lobo inferior do pulmão com volume e consistência aumentados e cor escura, ao corte, há saída de abundante líquido vermelho pouco arejado, o aspecto da superfície de corte é compacto e a cor vinhosa, estas alterações macroscópicas caracterizam uma pneumonia lobar, na fase de hepatização vermelha, devem-se à presença de exsudato intraalveolar do tipo seroso ou sero-hemorrágico, se não tratada, a esta fase segue-se a de hepatização cinzenta, em que o exsudato intraalveolar é fibrinopurulento (pus é amarelado). Microscopia do pulmão com hepatização, coloração HE, infiltrado inflamatório, predomínio de polimorfonucleares, septos alveolares preservados, áreas de congestão, presença de fibrina, fase de hepatização vermelha. Microscopia do pulmão com inflamação aguda fibrinopurulenta, pulmão com aspecto compacto, não sendo vistos alvéolos arejados, todos alvéolos estão preenchidos por exsudato fibrinopurulento, aqui o acometimento é difuso, afetando todo um lobo (daí o termo lobar e difere da broncopneumonia onde o processo inflamatório é focal) ou mesmo todo um pulmão ou ambos pulmões, as células que preenchem os alvéolos são neutrófilos, em sua grande maioria já degenerados (= piócitos; os componentes fundamentais do pus). Microscopia do pulmão com piócitos, piócitos apresentam núcleo muito denso (picnótico) e mais segmentado que o de neutrófilos jovens, são células em degeneração, muitas em apoptose, os restos nucleares no exsudato derivam de neutrófilos apoptóticos, além dos piócitos há fibrina em forma de grumos ou de filamentos róseos, tortuosos e emaranhados. Em várias regiões do corte, os septos interalveolares estão necróticos ou desapareceram. Isto indica evolução para abscesso, ou seja, o parênquima sofreu necrose liquefativa por ação das bactérias e neutrófilos. No local onde havia tecido vai se constituir uma cavidade cheia de pus, que é o abscesso. Neste caso, fala-se em inflamação aguda purulenta abscedida. Abscesso é, por definição, uma inflamação purulenta que forma uma cavidade nova. Não confundir com empiema, em que o pus se acumula em cavidades já existentes, como a pleura (empiema pleural), p. ex. Outro termo comum é flegmão:. é quando o exsudato purulento se difunde pelo tecido, mas não há formação de cavidade. Aí usa-se o termo flegmonosa.
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