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Silicose
Pneumoconiose por sílica; Silicose pulmonar; Silicosis. Descrita em 1705 por Bernardino Ramazzini (1633-1714), médico italiano.
Sexo: Não informado. Idade: Não informada. Distribuição. Diagnóstico diferencial.
Epidemiologia: HISTÓRIA PESSOAL:. PROFISSÃO: Mineração de rochas. Pedreiras. Cortadores de pedras. Construção de túneis. Jateamento de areia. Jateamento de cerâmica. Terra diatomácea. Silicose crônica com aumento da incidência de tuberculose. . São necessários vários anos de exposição ao pó de sílica para produzir a doença. Porém, uma vez instalada, é irreversível, mesmo que o indivíduo se afaste das fontes de contaminação. PROGNÓSTICO: Fibrose pulmonar, por sílica. Doença incapacitante. Doença pulmonar restritiva com fibrose. Nódulos de fibrose se desenvolvem no decorrer de anos com inflamação mínima. Doença intersticial pulmonar progressiva. Pequeno aumento do risco de carcinoma broncogênico. São necessários vários anos de exposição ao pó de sílica para produzir a doença. Porém, uma vez instalada, é irreversível, mesmo que o indivíduo se afaste das fontes de contaminação.
Clínica:. Dispneia, em repouso. Estertores pulmonares, crepitantes.
Laboratório: RX de tórax:. Nódulos silicóticos ou pequenas opacidades arredondadas em todo o pulmão. Calcificação da periferia dos linfonodos ilares em casca de ovo. Casos graves:. Densidades grandes e conglomeradas nas áreas superiores dos pulmões. Disfunção pulmonar obstrutiva e restritiva. Cristais de sílica não são cobertos por ferro e tendem a resultar na formação de nódulos fibrosos. MORFO do coração:. Macroscopia do coração dilatação e hipertrofia, cor pulmonale consequente a silicose pulmonar, coração apresenta hipertrofia e dilatação do ventrículo direito, enquanto que o ventrículo esquerdo é normal, isto ocorre porque, devido à fibrose pulmonar pela silicose, há aumento da resistência no leito vascular pulmonar, mas na grande circulação as condições são normais, colunas carnudas do VD são maiores que as do VE, devido à hipertrofia, e há dilatação do cone de saída da artéria pulmonar, a hipertrofia da parede do VD está em parte mascarada pela dilatação. MORFO do pulmão:. Macroscopia do pulmão com fibrose, extenso acometimento por silicose resultante de prolongada exposição ocupacional ao pó de sílica (anos ou décadas), a silicose causa intensa fibrose do parênquima pulmonar levando a uma pneumopatia restritiva (dificuldade de expansão), no parênquima a lesão silicótica é mais intensa e melhor vista na periferia, onde o tecido pulmonar tem cor acinzentada e aspecto pétreo (lembrando granito), à palpação esta região tem consistência muito firme, que contrasta com as regiões vizinhas, que lembram uma esponja, nestas o pulmão também não é normal pois há enfisema (destruição permanente dos septos alveolares), os alvéolos se tornam perceptíveis já macroscopicamente, há intensa fibrose pleural (paquipleuris) também em consequência da silicose. Microscopia do pulmão com partículas refringentes, partículas de sílica e outras poeiras podem funcionar como minúsculas lentes que concentram e dispersam luz, esta propriedade é melhor notada baixando-se o condensador do microscópio e/ou fechando-se o diafragma do condensador, com isso a imagem escurece, mexendo-se no foco micrométrico para cima ou para baixo, as partículas brilham ou apagam conforme a luz concentrada por elas entra ou sai de foco, com este recurso simples é possível pesquisar partículas refringentes num microscópio comum. Microscopia do pulmão com partículas brilhantes, exame em luz polarizada é o recurso mais eficiente e elegante para demonstrar partículas de sílica no tecido, ao se cruzarem os polaróides a 90º as partículas brilham fortemente contra o fundo escuro. Examinando-se um nódulo silicótico, observa-se facilmente um pigmento preto, que é antracose, igual à já demonstrada na lâmina A. 209. Menos óbvia é a sílica, que é constituída por partículas incolores como diminutos caquinhos de vidro. Para observá-la, pode-se abaixar o condensador do microscópio e mexer no foco micrométrico para cima e para baixo. Logo se notam pequenos cristais refringentes, que ora brilham, ora desaparecem, dependendo da profundidade do foco. Isto ocorre porque os cristais de sílica (uma forma de quartzo) se comportam como minúsculas lentes. As animações abaixo foram montadas combinando duas imagens do mesmo campo em focos diferentes. As mais embaixo estão escuras devido à posição do condensador. O condensador baixo muda a incidência dos raios de luz, facilitando a visualização das partículas.
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