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3 patologias com (Cefaléia e Diarréia) em Epidemiologia

1- INTOXICAÇÃO POR BROMAZEPAM
./INTOXICAÇÃO. Lexotam.
EPIDEMIOLOGIA:. FÓRMULA: . INDICAÇÕES: Distúrbios emocionais, tensão nervosa, ansiedade, agitação, insônia. Humor depressivo. Distúrbios cardiovasculares, respiratórios e gastrointestinais associados à tensão nervosa como: precordialgia atípica, taquicardia, hipertensão psicogênica, dispnéia, hiperventilação, colite ulcerativa, epigastralgia, espasmos, distensão abdominal e diarréia. Outros distúrbios psicossomáticos: cefaléia e dermatoses psicogênicas. POSOLOGIA: A dose usual é de 1,5mg a 3mg VO, até 3 vezes ao dia. Em casos graves, 6 a 12mg VO, 2 a 3 vezes ao dia. CONTRA INDICAÇÃO: Pacientes com hipersensibilidade aos benzodiazepínicos ou qualquer componente do produto.Lactação. Glaucoma de ângulo fechado. Primeiro trimestre da gravidez. INTERAÇÕES: Pode ter seu efeito intensificado pelo álcool, neurolépticos, tranqüilizantes, antidepressivos, hipnóticos, analgésicos e anestésicos. Pode ter sua ação diminuída pela carbamazepina. Pode aumentar os riscos de depressão respiratória com clozapina. Pode diminuir o efeito terapêutico da levodopa. Não é recomendado seu uso concomitante com zidovudina, dissulfiram, eritromicina, rifampicina, isoniazida e contraceptivos orais contendo estrógenos. PRECAUÇÕES: Gravidez. Amamentação. Idosos. Apnéia do sono. Depressão. Psicoses. Pacientes com miastenia grave, disfunção renal e hepática, doenças cardíacas, insuficiência respiratória. Não dirigir ou operar máquinas durante o tratamento, principalmente nas primeiras 6 horas após a ingestão do bromazepam. Em crianças a segurança e eficácia ansiolíticas não estão bem comprovadas. Tratamento prolongado com mulheres com risco de engravidar. Nos casos de intoxicações graves por benzodiazepínicos (com sedação grave ou coma), recomenda-se o uso de antagonista específico, flumazenil, na dose inicial de 0,3mg EV, com incremento de 0,3mg até reversão do coma. TIPO: Ansiolítico.

2- INTOXICAÇÃO POR LEVOTIROXINA
EPIDEMIOLOGIA:. +Indicações: Complementação ou reposição da secreção tireoidiana. Supressão da secreção de TSH. Contra-indicações: contra-indicações relativas o infarto recente do miocárdio, a tireotoxicose não tratada e a insuficiência supra-renal descompensada. Os hormônios tireoidianos devem ser usados com grande cautela sempre que houver comprometimento, comprovado ou suspeito, da integridade do sistema cardiovascular, especialmente das artérias coronárias, tal como ocorre na angina pectoris ou nos idosos. O tratamento de pacientes cardiopatas deve ser iniciado com baixas doses, que serão aumentadas aos poucos e lentamente. Pequenas quantidades de levotiroxina são eliminadas pelo leite, o que implica em cuidados quando se pretende administrá-la a pacientes que estejam amamentando. O uso de hormônios tireoidianos pode agravar a intensidade dos sintomas de pacientes com diabete melito ou insípido, assim como insuficiência supra-renal, obrigando a reajustes no tratamento destas patologias. Interações: Os hormônios tireoidianos podem potencializar os efeitos de anticoagulantes, portanto, é recomendável que se faça frequentes determinações do tempo de protrombina, durante tratamento com hormônios tireoidianos. A colestiramina liga-se à levotiroxina no intestino, impedindo sua absorção. Por isso é necessário um intervalo de quatro a cinco horas entre as administrações dos dois medicamentos. A fenitoína, os salicilatos, o clofibrato, assim como a furosemida em altas doses, podem potencializar os efeitos da levotiroxina. Mulheres hipotireóideas em uso de estrogênios necessitam de doses maiores de levotiroxina, pois os estrogênios aumentam os níveis séricos da globulina plasmática à qual se liga a tiroxina. - Reações adversas Quando EUTHYROX® é utilizado de maneira adequada, sob rigoroso controle médico, não é de se esperar a ocorrência de efeitos colaterais. Estes surgem quando se ultrapassa o limite de tolerância individual para a levotiroxina ou em caso de superdosagem, em especial se, no início do tratamento, a posologia for aumentada rapidamente. Os efeitos colaterais compreendem sinais e sintomas indicativos de hiperfunção tireoidiana, tais como taquicardia, agitação, nervosismo, tremor fino nas mãos, perda de peso, diarréia, sudorese aumentada e hipertermia. - Posologia A exclusivo critério médico, de acordo com o caso. Comumente a dose diária inicial para adultos e crianças é de 25 a 100 mcg, aumentada progressivamente de 25 ou 50 mcg a cada três ou quatro semanas, de acordo com a resposta terapêutica obtida. A dose de manutenção para adultos é de 200 a 300 mcg por dia e, para crianças, de 100 a 200 mcg por dia. A duração do tratamento, conforme o caso, pode ser de alguns meses ou estender-se por toda a vida. Pacientes idosos - Não existem advertências ou recomendações especiais sobre o uso do produto por pacientes idosos. - Conduta na superdosagem A superdosagem ocasiona quadro de hipertireoidismo caracterizado por cefaléia, instabilidade, nervosismo, sudorese e aumento da motilidade intestinal. Podem surgir ou agravar-se angina pectoris ou insuficiência cardíaca congestiva. O tratamento consiste na interrupção da levotiroxina e no uso de medicamentos capazes de antagonizar os efeitos centrais e periféricos dos hormônios, em especial, os decorrentes da atividade simpática aumentada (agentes antiadrenérgicos como o propranolol). Quando necessário, deve-se fazer reposição hídrica e combater a febre e a hipoglicemia. Em caso de insuficiência cardíaca, usar digitálicos. Na ingestão aguda de grandes doses de levotiroxina, utilizar medidas visando impedir a absorção entérica do produto e medicamentos sintomáticos. Venda sob prescrição médica.

3- INTOXICAÇÃO POR METRONIDAZOL
./INTOXICAÇÃO. Uso de Metronidazol; Fagyl.
EPIDEMIOLOGIA:. FÓRMULA: Comprimido revestido - 250mg e 400mg Gel vaginal - 100mg/g Suspensão oral - 40mg/ml (Benzoilmetronidazol). INDICAÇÕES: Tratamento da giardíase, amebíase e tricomoníase. Diarréia causada por microsporídeos em pacientes com aids. Colite pseudomembranosa. Infecções por Helicobacter pylori, em associação com amoxicilina ou claritromicina e omeprazol. POSOLOGIA: O esquema terapêutico varia de acordo com as indicações. Tricomoníase 500mg (5g do gel) por via vaginal, à noite, durante 10 a 20 dias. 2g VO, em dose única, ou 250mg VO, 2 vezes ao dia, por 10 dias; ou 400mg VO, 2 vezes ao dia, por 7 dias. O parceiro sexual deve ser tratado com 2g VO, em dose única. Crianças: 15mg a 30mg/kg/dia, divididos em 8/8h, durante 7 dias. Vaginite e uretrite por G. vaginalis 2g VO, em dose única, no 1º e 3º dia, ou 400mg a 500mg VO, 2 vezes ao dia, por 7 dias. O parceiro sexual deve ser tratado com 2g VO, em dose única. Giardíase Adulto: 250mg VO, 3 vezes ao dia, durante 5 dias, ou 2g VO, em dose única. Crianças abaixo de 10 anos: utiliza-se metade desta dose. Tratamento do H. pylori: 750mg a 1g/dia VO, durante 7 a 14 dias (usado em associação com outras drogas). Amebíase intestinal e balantidíase extra-intestinal: 750mg VO, 3 vezes ao dia, durante 5 a 10 dias. Crianças: 35mg a 50mg/kg/dia, dividido em 8/8h, durante 10 dias. CONTRA INDICAÇÃO: Hipersensibilidade ao metronidazol ou a outro derivado imidazólico. Gestação no primeiro trimestre. INTERAÇÕES: Uso de bebidas alcoólicas pode causar efeito antabuse (náusea, vômitos intensos, cefaléia, confusão mental, estado psicótico). Potencializa o efeito anticoagulante da warfarina. Barbitúricos e prednisona: diminuem a meia-vida. Hidróxido de alumínio e colestiramina: diminuem a absorção do metronidazol. PRECAUÇÕES: Pacientes com antecedentes de discrasia sanguínea. Gravidez e lactação. Disfunção cardíaca ou hepática grave. Reduzir a dose em pacientes com insuficiência hepática. Em amebíase intestinal recomenda-se ingestão do medicamento após as refeições, para manter a concentração no intestino grosso. TIPO: Amebicidas, Giardicidas e Tricomonicidas.

24 - TEXTOS DE APOIO
Cefaléia
Ciências Básicas.2-Fisiologia.2-Circulatório.2-Vasos.3-PressãoSanguínea.
1- Hipertensão arterial associada à cefaléia e outros sintomas neurológicos, sugere a ruptura de aneurisma cerebral com a formação de hematoma subdural. Geralmente se originam de microaneurismas (200-300 um de diâmetro) nas artérias perfurantes encefálicas.
Ciências Básicas.2-Fisiologia.6-Endócrino.2-Hipófise.
2- A Hiperprolactinemia em mulheres geralmente é causada por microadenomas hipofisários hipersecretores de prolactina que podem comprimir o quiasma óptico e causar cefaléia, distúrbios visuais, galactorréia, amenorréia, dispareunia e infertilidade.
Ciências Básicas.3-Patologia.0-Geral.3-Infecciosas.
3- Sintoma é definido como uma evidência subjetiva de doença, portanto sintoma subjetivo é uma redundância. Dispnéia (falta de ar) pode ou não ser sintoma. Febre, além da hipertermia, é também uma sensação de mal-estar, cefaléia, ou seja é uma síndrome.
Ciências Básicas.3-Patologia.1-Nervoso.1-Central.
4- Em jovens, a etiologia mais comum de Meningite bacteriana é a bactéria Neisseria meningitidis. Típicamente há faringite seguida de cefaléia, febre, taquipnéia, taquicardia, hipotensão arterial, rigidez da nuca, sinal de Kernig e de Brudzinski positivos.
5- Na Meningite bacteriana comumente se apresenta com início súbito, cefaléia, febre alta, alta concentração de proteínas e glicose diminuída no líquor. A infecção por S. aureus é a mais comum em jovens usuários de drogas injetáveis.
6- Uma Malformação artério-venosa dos vasos cerebrais é encotrada mais frequentemente em adulto jovem no hemisfério cerebral. Um lento extravasamento de sangue pode causar cefaléia, redução do raciocínio, convulsões e vasos circundados por gliose.
Ciências Básicas.3-Patologia.2-Circulatório.1-Coração.
7- 10 a 20% da população tem Prolapso da valva mitral assintomática. Quando sintomático, (Síndrome de Barlow) o quadro clínico é de fadiga, cefaléia, dor torácica, palpitações além de um estalido mesosistólico em B1M.
Ciências Básicas.3-Patologia.3-Respiratório.
8- A Doença da descompressão é causada por queda rápida na pressão ambiental. Os gases (nitrogênio) fisicamente dissolvidos formam bolhas (embolia gasosa) que ocluem as pequenas artérias e arteríolas com hipóxia tecidudal (dispnéia, cefaléia e dor torácica).
Ciências Básicas.3-Patologia.6-Endócrino.6-Adrenais.
9- Na Neoplasia endócrina múltipla tipo 2A há carcinoma medular da tireóide, feocromocitoma (que, quando familiares, são bilaterais em 71% dos casos, causando hipertensão e cefaléia), hiperparatireoidismo, aparência normal e ausência de neuromas mucosos.
Ciências Básicas.5-Farmacologia.2-Circulatório.1-Coração.5-VasosCoronarianos.
10- A Nitroglicerina (ou trinitrina) causa dilatação prolongada tanto nos vasos sanguíneos primários como nas colaterais. O seu mecanismo de ação é via liberação de NO (Sistema de vasolidatação via óxido nítrico) causando Cefaléia por vasodilatação cerebral.
Diarréia
Ciências Básicas.2-Fisiologia.5-Digestivo.1-TratoDigestivo.4-Absorção.
11- Na deficiência de lactase (Galactose beta-1,4-glicose) não há hidrólise e a lactose desenvolve força osmótica aprisionando a água no lúmem intestinal do adulto, portanto, o bloqueio da bomba de Na+/K+ ATPase não diminuirá a consequente diarréia osmótica.
12- O intestino delgado absorve 80% da água que entra no sistema digestivo por difusão, apenas 1 a 2 litros chega ao intestino grosso, isto significa que, uma diarréia aquosa de grande volume é sinal de distúrbio do intestino delgado, não do intestino grosso.
Ciências Básicas.3-Patologia.0-Geral.3-Infecciosas.
13- A Enterite por rotavírus, um vírus de RNA encapsulado, é uma importante causa de diarréia na lactância. A destruição vilosa com atrofia causa diminuição da absorção de Na+, K+ e água. Antes dos 6 meses o paciente está protegido pelos anticorpos materno.
14- Enterite por rotavírus os enterovírus causam diarréia por inibição da absorção intestinal de sódio e água intraluminal em criança de 6 meses a 3 anos, o desenvolvimento de anticorpos contra antígenos de superfície do rotavírus torna a criança resistente.
15- Na Shiguelose (Disenteria) as bactérias Shigella invadem e destroem a mucosa entérica causando diarréia sanguinolenta. Microscópicamente há infiltrado mononuclear que se estende até a lâmina própria com um exsudato neutrofílico sobre as áreas ulceradas.
Ciências Básicas.3-Patologia.5-Digestivo.0-Nutrição.
16- A Deficiência de vitamina B3 (niacina) é a causa da Pelagra (doença dos 3 D: diarréia, dermatite e demência). É comum na deficiência de ingestão de cereais, vegetais, laticínios e na alimentação a base de milho.
Ciências Básicas.3-Patologia.5-Digestivo.1-TratoDigestivo.
17- A Colite ulcerativa idiopática é um processo inflamatório difuso, crônico, recorrente sempre envolvendo a mucosa do reto com friabilidade difusa e erosões com sangramento com diarréia com sangue e muco. Risco de adenocarcinoma do cólon é 30 vezes maior.
18- Diarréia com início até 6 horas após a ingestão de alimentos sugere Intoxicação alimentar estafilocócica que é causada pela ingestão de uma enterotoxina pré-formada produzida pelo S. aureus que cresce em laticínios, alimentos gordurosos, carnes, etc.
19- Em lactentes e crianças até 2 anos, o rotavírus é a causa mais comum de gastroenterite viral. A diarréia febril autolimitada é transmitida por água, alimentos ou superfícies contaminadas que pode complicar com desidratação. A mortalidade é de 1%.
20- Na Deficiência de lactase do adulto, um distúrbio congênito ou adquirido incomum, a lactose presente nos laticínios não é decomposta em glicose e galactose causando uma diarréia osmótica e em produção de gás (flatulência) pela flora intestinal bacteriana.
Ciências Básicas.3-Patologia.5-Digestivo.3-Pâncreas.
21- Na Síndrome de Zollinger-Ellison a hipersecreção de gastrina (em geral por adenomas pancreáticos) causa hipersecreção ácida e inativação das enzimas pancreáticas pH dependente, além de lesão direta da mucosa duodenal resultando em diarréia secretória.
Ciências Básicas.3-Patologia.6-Endócrino.3-Tireóide.
22- 80% dos casos de Carcinoma medular são esporádicos. São derivados das células C (células parafoliculares que sintetizam calcitonina causadora de diarréia crônica) e apresentam estroma amilóide (estroma hialino rosa corado pelo vermelho Congo).
Ciências Básicas.3-Patologia.8-Imunológico.
23- A IgA é a principal imunoglobulina das secreções exócrinas e do sistema de defesa das mucosas, na Deficiência de IgA (concentração sérica é menor ou igual a 5 mg/dL) é comum a ocorrência de sinusite, diarréia e infecções pulmonares leves e recorrentes.
24- Em usuários de drogas endovenosas, a Doença pelo HIV deverá ser suspeitada quando houver infecções oportunistas (causando diarréia, pneumonia ou meningite). As neoplasias mais comuns associadas são o Sarcoma de Kaposi e o Linfoma não-Hodgkin de células B.