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Neurocisticercose
INFLAMAÇÃO CRÔNICA NO SISTEMA NERVOSO. Cisticercose do SNC; Neurocysticercosis. Inflamação crônica. A forma racemosa (sem escólex) foi descrita em 1882 por Friedrich von Zenker (1825-1898), patologista alemão. HT1E01- Professora com afasia de Broca.
Sexo: Não informado. Idade: Não informada. Distribuição. Diagnóstico diferencial.
Epidemiologia: . Parasitose comum. Fezes dos parentes devem ser examinadas. HISTÓRIA PESSOAL:. Ingestão de presunto ou carne de porco contaminado. PROGNÓSTICO: Demência. Delirium. Mortalidade não tratada de 50%. Sobrevida não tratada DD-AA. Mortalidade tratada de 5-15%. CONDIÇÃO: Assintomático.
Clínica:. Início gradual, 01A-05A, após infestação por vermes. Convulsões. Cefaleia. Anormalia neurológica, insepecíficos. Cegueira, súbita, transitória, eventual. Confusão mental. Afasia, motora, de Broca, eventual. Sinal de Bruns. Síncope, eventual. Coma, eventual. Evolução crônica.
Laboratório: SANGUE:. VHS aumentado. RX do crânio:. Calcificações cerebrais, 5-10mm, quando o escolex está calcificado. TC:. Cistos vesiculares, coloidais, pequenas calcificações ou granulomas. RM:. Positiva. Mielografia:. Positiva. TESTES sorológicos:. Positiva. ELISA. IgM. IgG. RM:. Cistos patognomônicos de 2-4mm (protoscolex) no fluido do cisto. LCR:. Eosinófilo aumentado. Glicose diminuída. Proteína aumentada. EEG:. Alterado. MORFO do cérebro:. Os cisticercos estão irregularmente distribuídos no parênquima e tipicamente possuem 1 cm de diâmetro ou menos. Obstrução do forame cerebral. Obstrução do forame venticular. Macroscopia do encéfalo com cisticercose, forte espessamento fibroso da leptomeninge da base (cisticercose racemosa), a fibrose dificulta a visualização dos vasos e nervos. Microscopia do encéfalo com artérias na cisticercose forma racemosa, artérias da leptomeninge na região inflamada com forte espessamento da íntima (endarterite produtiva) em consequência da inflamação crônica pelo parasita, íntima espessada é mais pálida que a média, há correspondente redução da luz vascular (que pode levar a infartos). Macroscopia do encéfalo com cistos, os cisticercos formam múltiplos pequenos cistos de paredes lisas, situados preferencialmente na substância cinzenta, interface das vesículas com o tecido nervoso é nítida e não há sinais de reação inflamatória, em algumas vesículas é visível a cabeça da larva ou escólex, não há espessamento de leptomeninges (portanto não há evidência de meningite crônica) nem hidrocefalia. Macroscopia do encéfalo com infestação cerebral, infestação por cisticercos na forma cellulosae de excepcional intensidade, as larvas tomam a forma de vesículas de cerca de 0,5 a 1 cm de diâmetro, delimitadas por membrana lisa e preenchidas por líquido límpido, contendo a cabeça invaginada (escolex) da futura Taenia solium. Macroscopia do cisticerco cellulosae, material retirado cirurgicamente do cérebro contendo numerosos cisticercos cellulosae, os parasitas estavam aglomerados, constituindo a forma pseudotumoral da neurocisticercose. Microscopia do encéfalo com cistos, o cisticerco tem uma cabeça (escólex que contém rudimentos de tubo digestivo e do aparelho de fixação da futura tênia) invaginada no interior de uma vesícula, delimitada por uma membrana que faz contato com o tecido do hospedeiro, a membrana tem basicamente duas camadas, uma externa, delgada e densa, chamada camada quitinosa, e uma interna, frouxa e mais espessa, chamada areolar, na superfície da camada externa observam-se microvilosidades, que aumentam a superfície de absorção de nutrientes pelo parasita, na camada areolar é possível ver-se canalículos do sistema de transporte de nutrientes, enquanto o cisticerco permanece vivo (até alguns anos), a reação inflamatória nos tecidos vizinhos é geralmente pequena, há apenas leve espessamento fibroso da leptomeninge com discreto infiltrado inflamatório crônico, no córtex cerebral não há lesão evidente, quando o cisticerco morre, sofre calcificação e a reação inflamatória acentua-se devido à liberação de antígenos (é a regra para a forma cellulosae mas na forma racemosa causa reação inflamatória crônica intensa especialmente na leptomeninge da base). Macroscopia do cisticerco na forma racemosa, cisticercos racemosos retirados dos ventrículos laterais, aspecto em cachos de uva, ausência de escólex. Macroscopia do encéfalo cisticerco na forma racemosa, cisticercos racemosos preenchem o espaço subaracnóideo de toda a face anterior do tronco cerebral, ocultando vasos e nervos. Macroscopia do encéfalo com leptomeningite, a leptomeninge da base mostra-se muito espessada, obscurecendo as artérias e nervos, não é mais possível notar-se a artéria basilar, trata-se de uma leptomeningite crônica devida à presença do cisticerco, a reação inflamatória é mais intensa que na forma cellulosae, causando lepmeningite crônica de base, vasculites com endarterite e lesões em raízes de nervos cranianos. Microscopia do cisticerco forma racemoso, membranas colapsadas de um cisticerco racemoso após retirada cirúrgica, estrutura é semelhante às membranas do cisticerco cellulosae, mas a quantidade de membranas é muito maior, as membranas são mais sinuosas, sua superfície é ondulada e microvilosidades são numerosas, parte das membranas sofreu necrose (aspecto anucleado) e em certas áreas nota-se também calcificação.
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